Grupo que atua na UPP da favela é acusado de receber propina para não reprimir tráfico
Conhecida como ‘xerifa' da Rocinha na época em que o maridão
chefiava o tráfico na favela, Danúbia de Souza Rangel, de 30 anos,
esposa de Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, foi presa ontem pela
Polícia Federal.Ela rodou em casa, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, cidade onde o chefão da facção Amigos dos Amigos (ADA) cumpre pena. Na mesma operação, a PF levou para a cadeia cinco PMs da UPP da Rocinha, sob acusação de envolvimento com a venda de drogas na comunidade de São Conrado.
A investigação mostrou ainda a negociação para selar um acordo entre duas organizações criminosas.
Segundo a PF, Danúbia seria a principal intermediária entre Nem e os bandidos que ainda atuam na Rocinha. Ela foi indiciada por associação ao tráfico.
Segundo as investigações, os cinco PMs da UPP, acusados de corrupção e tráfico, recebiam R$ 40 mil mensais para deixar a venda de drogas rolar livremente e em troca de informações sobre operações e investigações. O dinheiro era divido toda semana - cada policial ficava com R$ 2 mil. Os pagamentos seriam feitos por Rogério Avelino da Silva, o Rogerinho 157, foragido da Justiça.
Em nota, a Secretaria Estadual de Segurança informou que autuou em conjunto com a PF na prisão dos cinco PMs. O texto diz ainda que "a corrupção policial não é tolerada e que o combate contra este crime já resultou na expulsão de 1.640 policiais militares e civis na atual gestão."
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