quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Delcídio Amaral é preso por determinação do STF


BRASIL - BRASÍLIA -BSB - 17/11/2015 - O senador Renan Calheiros ao lado de Delcídio Amaral líder do PT no Senado durante a sessão do Congresso para a análise dos vetos presidenciais Foto: ANDRE COELHO / Agência O Globo


BRASÍLIA - O líder do governo no Senado, senador Delcídio Amaral (PT-MS), foi preso na manhã desta quarta-feira em sua casa em Brasília. O senador é acusado de ameaçar familiares de Nestor Cerveró, (ex-diretor Internacional da Petrobras), segundo disse ao Globo uma fonte que acompanha o caso de perto. A prisão foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki.

Também foram presos o banqueiro André Esteves, do banco Pactual, o chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira Rodrigues, e o advogado de Delcídio, Edson Ribeiro. Segundo a fonte do Globo, Delcídio é acusado de ameaçar Cerveró e de ter oferecido a ele ajuda para fugir do Brasil e não revelar nada sobre o esquema de corrupção da Petrobras. Essas conversas foram gravadas por um dos filhos de Cerveró e entregues à Polícia. O petista é o primeiro senador da República preso em flagrante, por conta da oferta para a fuga, que é um crime continuado. 

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi informado da ação da Polícia Federal no Senado às 6h30 desta manhã. Segundo informações, a PF fez busca e apreensão no gabinete de Delcídio e no gabinete da liderança do governo no Senado, já que ele é o líder do governo Dilma na Casa.

Delcídio foi citado em delação premiada de Fernando Baiano, que diz que o senador teria recebido entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão de propina na negociação da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Baiano afirmou ter sido autorizado por Cerveró a repassar sua parte de propina pela compra da refinaria a Delcídio. Segundo Baiano, o petista estaria pressionando o ex-diretor da estatal.

O lobista afirmou ainda ter sido procurado por Cerveró em 2006 para acertar o pagamento. O ex-diretor reclamou com o lobista. Disse que se sentia “muito pressionado" pelo senador petista, que na época era candidato ao governo do Mato Grosso do Sul.

Nenhum comentário:

Postar um comentário